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Empresários catarinenses fazem visita técnica ao Canal do Panamá

19/09/2014

Empresários catarinenses fazem visita técnica ao Canal do Panamá

Comitiva empresarial da Missão da Fecomercio SC ao Panamá testemunha a operação de um navio cargueiro na eclusa de Miraflores - foto Efraín Álvarez

Os integrantes da Missão Empresarial da Fecomércio SC realizaram nesta quinta-feira, 18, uma visita técnica ao Canal do Panamá. A comitiva pôde ver de perto como funciona a operação do Canal, além de conhecer dados econômicos e curiosidades históricas sobre a construção de uma das rotas comerciais mais importantes do mundo.

O Canal do Panamá completou 100 anos em 2014 e é a principal ligação marítima entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Com capacidade para operar cargueiros com até 4.500 contêineres, o Canal movimenta 14 mil navios por ano, cerca de 35 por dia. A administração do Canal arrecada, em média, US$ 2,4 bilhões de dólares, anualmente, através das taxas de operação que são cobradas.

A ligação transoceânica responde por 6% do PIB do Panamá, mas, indiretamente, cerca de 50% dos serviços do país têm relação com ele. Marcelo Petrelli, membro do conselho fiscal da Fecomércio SC e presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santa Catarina, resumiu a experiência que foi conhecer o Canal. "Eu frequento todos os portos de Santa Catarina, inclusive as operações portuárias, e realmente nunca vi nada parecido, tão bem organizado e tão bem estruturado como se tem aqui", afirmou.

O Canal do Panamá é uma obra de engenharia que impressiona tanto pela extensão de quase 80 Km quanto pelo seu mecanismo de funcionamento. Com um sistema de eclusas que servem para subir ou descer em etapas os navios, já que o Canal está 26 metros acima do nível do mar, a travessia pode levar até 10 horas.

Durante a visita técnica da Fecomércio SC, a comitiva que integra a Missão Empresarial ao Panamá conheceu a eclusa de Miraflores, que também é aberta à visitação de turistas. O vice-presidente da entidade, Herton Scherer, ficou entusiasmado com o que presenciou. "Foi uma experiência fantástica o que a gente viu hoje, principalmente a maneira como eles operam o canal", destacou.

Oportunidade de negócios

Depois de visitar a eclusa de Miraflores, a comitiva da Fecomércio SC foi recebida por autoridades do Canal do Panamá. A reunião aconteceu na sede administrativa da empresa, um prédio centenário que foi inaugurado um mês antes do Canal. De arquitetura clássica e suntuosa, a sede está localizada no alto de um morro onde é possível avistar a ligação entre o Canal e o Oceano Pacífico.

Em uma das salas com uma ampla vista ao mar, os empresários catarinenses foram recebidos pelo vice-presidente executivo, Oscar Bazán, pelo gerente de desenvolvimento comercial, Ricardo Ungo, e pela engenheira responsável pela ampliação do canal, Ilya Espino de Marotta.

Os representantes da administração detalharam aos empresários da Fecomércio SC como Canal do Panamá está sendo ampliado. Com previsão para entrar em operação em 2016, as obras encontram-se na última etapa de execução e já consumiram US$ 5,2 bilhões.

O investimento deve ter um retorno garantido. Segundo informou o gerente de desenvolvimento comercial, Ricardo Ungo, a nova ligação entre o Atlântico e o Pacífico deve triplicar a capacidade de gerenciamento de cargas. O projeto também prevê um parque logístico, um parque industrial, e um terminal para importação e exportação de veículos.

O vice-presidente executivo do Canal do Panamá, Oscar Bazán, citou uma frase dita pelo ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, que teria afirmado que o Panamá era a vista do Brasil para o Pacífico. Bazán usou a frase como uma forma de exemplificar as boas relações comerciais entre os dois países. No entanto, o executivo lamentou a ausência de um tratado bilateral de comércio que possa ampliar ainda mais as oportunidades de negócios.

História do Canal

O Canal do Panamá levou 10 anos para ser construído. A obra foi iniciada em 1878, pelo francês Ferdinand de Lesseps, construtor do Canal de Suez, mas ele não conseguiu concluir a empreitada, adiando em algumas décadas a ligação entres os dois oceanos. A segunda tentativa foi encabeçada pelos Estados Unidos, após o Panamá proclamar a sua independência. Um tratado de cooperação permitiu a retomada das obras fazendo com que, em 15 de Agosto de 1914, o Canal finalmente entrasse em atividade.

O Canal ficou 85 anos sob jurisdição dos Estados Unidos, que o utilizava como um ponto militar estratégico, mas também possibilitando acesso à rota aos navios de países com quem estabelecia parcerias comerciais. Finalmente, no ano de 1999, o controle do Canal foi passado ao Panamá, que desenvolveu uma eficiente gestão comercial da ligação, provocando um salto de desenvolvimento social e econômico ao país.
Missão Empresarial da Fecomércio SC estreita relações com a Câmara de Comércio do Panamá

Presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura do Panamá, José Luis Ford, recebe a Missão Empresarial da Fecomércio SC - foto Efraín Álvarez

A comitiva catarinense da Fecomércio foi recebida nesta quinta-feira, 18, pelo presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura do Panamá, José Luis Ford. A reunião teve o objetivo de estreitar os laços institucionais entre as duas entidades, possibilitando que a partir dessa relação possam surgir novas oportunidades de negócios.

Também participaram do encontro o diretor-executivo da Câmara de Comércio do Panamá, Rafael Zúñigo Brid, o assessor econômico Manuel Ferreira, e a executiva de negócios internacionais Lorena Kirchman. A reunião foi intermediada pela Embaixada do Brasil no Panamá, representada no evento pelo Ministro Conselheiro, Antônio Luz.

Centro Internacional de Negócios

O diretor-executivo da Fecomércio SC, Marcos Arzua, abriu a reunião fazendo uma breve apresentação sobre a atuação da federação, detalhando o número de empresas representadas, a sua importância no PIB estadual e algumas bandeiras políticas da entidade. Arzua aproveitou a oportunidade para convidar o presidente da Câmara de Comércio do Panamá para o lançamento do Centro Internacional de Negócios da Fecomércio, que está em fase final de estruturação e deve entrar em atividade nos primeiros meses de 2015. Logo em seguida, o assessor econômico da Fecomércio, Mauricio Mulinari, apresentou um panorama econômico e social de Santa Catarina.

"O Centro Internacional de Negócios vai nos proporcionar informações e orientações a respeito do comércio exterior. E a Câmara de Comércio do Panamá, além de permitir a inserção do nosso empresário, vai nos fornecer dados a respeito do ambiente de negócios no país", destacou Arzua.

O representante da Agência de Atração de Investimentos e Promoção de Exportações do Governo do Panamá, Jorge Cerrud, mostrar para a comitiva catarinense quais são as leis de incentivo fiscais que poderiam facilitar eventuais relações comerciais entre os dois países. Titular do Conselho Fiscal da Fecomércio, o empresário Celio Fidler avaliou a reunião como positiva e ressaltou que esse é o início de uma relação que pode "ajudar a aprimorar o segmento comercial em Santa Catarina".

Pauta de importações ampliada

Com um saldo da balança comercial favorável ao Brasil, as exportações brasileiras para o país são compostas, em sua quase totalidade, por produtos manufaturados, que representaram 98,6% do total em 2013, com destaque para plataformas de perfuração/exploração de petróleo.

Na pauta de importações, mais de um terço é representada por óleos essenciais (águas de colônia e perfumes). Em 2013, esses itens somaram 35,1% do total, seguidos de máquinas mecânicas (rolamentos de esferas) com 15,7%; alumínio (desperdícios) com 13,2%; e vestuário de malha (camisas masculinas de malha de algodão) com 4,8%; e filamentos sintéticos com 4,4%.

Segundo o representante comercial e conselheiro Fiscal da Fecomércio, João Pedro da Rosa, é com o objetivo de ampliar esse leque de produtos que podem ser importados através do Panamá que os empresários catarinenses estão buscando o suporte institucional de entidades como a Câmara do Comércio local. "Essa reunião ajuda a abrir caminhos aqui no Panamá e nos ensina a como começar a importar mercadorias com segurança, já que podemos contar com o suporte de uma entidade coirmã aqui nesse país", destacou da Rosa. 
 

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