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PARANAGUÁ MODERNIZA DESCARGA DE FERTILIZANTES

O Porto de Paranaguá, no estado do Paraná, terminou no começo deste ano a implantação de um sistema eletrônico e integrado para descarga de fertilizantes. O Brasil compra no exterior boa parte dos adubos que utiliza na sua agricultura e cerca de metade do volume chega pelos portos do Paraná. No ano passado foram cerca de 10 milhões de toneladas e nos dois primeiros meses deste ano foram 1,4 milhão de toneladas. Dois países árabes, Omã e Kuwait, estiveram entre os principais fornecedores deste ano.

O sistema eletrônico integrado foi implantado no cais público de Paranaguá para exportação de grãos e para importação de fertilizantes. O segundo, porém, foi o último a ser concluído, há cerca de sessenta dias, segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino. Com ele, passou a existir um controle informatizado de todo o processo, desde a programação do navio até a atracação dele no porto, a entrada e saída de caminhões para retirada da carga e a emissão da nota fiscal.

De acordo com Dividino, antes o controle de cada parte do processo era separado, com algumas fases informatizadas e outras manuais. A exclusão do uso do papel diminuiu os riscos, segundo o superintendente. Ele explica que a operação de um porto, desde a chegada do navio, envolve uma série de profissionais e empresas. Uma carga de fertilizante de uma embarcação normalmente não vai apenas para uma empresa. São vários os caminhões que a transportam. Só na cidade de Paranaguá há 51 armazéns que recebem adubos.

Por isso mesmo também a implantação do novo sistema teve que ser feita aos poucos, já que envolveu várias partes. O processo começou em agosto de 2012. Com a inovação também o importador pode receber a base de dados em tempo real e saber pela internet em que estágio de entrega está sua carga. "Vai reduzindo as incertezas", afirma Dividino. É possível acompanhar os tempos de todo o fluxo, saber quando o caminhão ficou em cada área, se demorou, em que horários há maior produtividade no porto.

Dividino cita a transparência como maior ganho, além da produtividade. O aperfeiçoamento do sistema, que tornou os terminais mais eficientes, permitiu a ampliação das operações nos portos administrados pela Appa, que movimentaram 44 milhões de toneladas em 2012 e 46 milhões de toneladas no ano passado.

Segundo informações da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), o Brasil importou 21,6 milhões de toneladas de fertilizantes em 2013. O volume significou 70% do total comercializado no Brasil no período. De acordo com a Appa, além de Omã e Kuwait, também chegaram pelos portos paranaenses no primeiro bimestre deste ano fertilizantes dos países árabes Egito, Catar, Bahrein, Marrocos, Jordânia, Arábia Saudita, Líbano e Tunísia. Na lista dos dez maiores fornecedores, junto com Omã e Kuwait, estão a Rússia, a China, a Alemanha, a Finlândia, Israel, a Polônia, o Chile e os Estados Unidos.

Fonte: Agência Anba