Embaixador do Brasil no Panamá recebe comitiva de empresários catarinenses da Fecomércio
|
Embaixador Adelino Senna Ganem recebe a Missão Empresarial da Fecomércio SC - foto Efraín Álvarez
|
O embaixador do Brasil no Panamá, Adelino Senna Ganem, recebeu nesta quarta-feira (17), a comitiva da Fecomércio SC que participa da Missão Empresarial ao país da América Central. A recepção desse tipo de comitiva empresarial é uma das prerrogativas dos consulados brasileiros, mas promover esse envolvimento com a representação diplomática é uma das diretrizes da Fecomércio, como afirma o diretor-executivo da entidade, Marcos Arzua. "É fundamental essa relação do setor produtivo com a representação diplomática. Eles conhecem o ambiente de negócios local, intermediando nossos encontros e, consequentemente, dando mais relevância e segurança para nossas reuniões", disse Arzua.
Os empresários que compõem a comitiva puderam conhecer um pouco mais da realidade econômica do Panamá, que ocupa hoje uma posição de destaque no cenário mundial. Segundo informações da embaixada brasileira, o Panamá responde por 5% do comércio mundial. Na capital do país operam mais de 100 bancos diferentes, três deles brasileiros, e a renda per capita é a maior entre os países latino-americanos. O salário médio no Panamá gira em torno de US$ 620,00 e a taxa de desemprego não chega a 4% da população economicamente ativa.
Centro aéreo mundial
O fluxo intenso de negócios possibilitou que o país se tornasse um dos principais "hubs" aéreos do continente americano, servindo como polo de distribuição de voos para as mais diferentes localidades. A principal companhia aérea do Panamá, a Copa Airlines, opera hoje em 67 destinos, oito deles no Brasil. Essa característica coloca o país não só como um ponto estratégico na movimentação de cargas através do Canal do Panamá, mas também como um centro aéreo mundial.
Os incentivos fiscais e a pouca burocracia permitem a abertura de uma empresa em apenas 20 minutos. Para se abrir uma sociedade são necessárias apenas 24 horas. Esse é o motivo que levou mais de 120 multinacionais a fixarem suas sedes em solo panamenho. E são esses atrativos que estão trazendo muitos brasileiros ao país. Os integrantes da Missão Empresarial da Fecomércio SC têm interesse em aumentar a relação com fornecedores internacionais. "As relações entre os dois países já são excelentes, mas o que dá substância são justamente iniciativas de cooperação como essa da Federação do Comércio de Santa Catarina", afirmou o embaixador brasileiro, ministro Adelino Senna Ganem.
Canal para importações
O vice-presidente da Região Norte e Planalto Norte da Fecomércio SC, Herton Scherer, destacou a receptividade do embaixador e ressaltou como essa atitude ajuda a prospectar negócios entre os dois países, principalmente no tocante a importação de produtos. "Ficamos sabendo, através da embaixada, como funciona toda a parte tributária do Panamá. Isso é importante para o setor do comércio catarinense que pode encontrar, no país, um canal seguro para as importações", resumiu Scherer.
Por intermédio da Embaixada do Brasil no Panamá, a comitiva da Fecomércio participou de dois "workshops" realizados por escritórios de advocacia que forneceram informações básicas de como funcionam as relações comerciais no país. A Embaixada também intermediou uma reunião na sede do Ministério do Comércio Exterior do Panamá e uma visita técnica ao Canal do Panamá, agendada para esta quinta-feira (18).
|